O CrossFit mistura ginástica, levantamento de peso e atletismo. Quer
ganhar condicionamento para a pauleira do dia a dia de forma diferente?
Aqui está seu guia!
O que é?
O CrossFit é criação do treinador americano Greg Glassman, que montou
o primeiro ginásio (nome do lugar em que se pratica o método) em 1995.
No mesmo ano, o CrossFit chamou atenção do Departamento de Polícia de
Santa Cruz, na Califórnia (EUA), que chamou Glassman para treinar os
oficiais. Hoje, há mais de 5 500 locais para fazer o programa no mundo
(30 no Brasil). O segredo do sucesso é o conceito do método, basicamente
uma mistura de exercícios da ginástica, do levantamento de peso e do
atletismo. O objetivo do “cruzamento” é condicionar você da forma mais
ampla possível. A ideia é buscar um equilíbrio entre todas as
capacidades físicas e não focar em objetivos particulares, como a
estética.
Quais as capacidades físicas? Resistência cardiovascular, respiratória e muscular, força, potência,
precisão, agilidade, coordenação, flexibilidade e equilíbrio. Ou seja, o
objetivo principal do método é turbinar a aptidão física por todos os
ângulos. Perder peso e ganhar massa são consequências.
Como é o treino?
Está acostumado com a musculação? Aqui não há fichas com séries. Ao
chegar num ginásio, você não sabe quais exercícios vai executar, eles
mudam constantemente. Esse é um trunfo para estimulá-lo. Grande parte
do público é formado por pessoas desmotivadas para treinar. Muitos não
gostam da rotina de exercícios predeterminados, outros reclamam que
professores de academias convencionais não dão atenção. A estrutura da
aula busca evitar esses problemas. Apesar de variar, normalmente ela tem
quatro partes dadas por professores.
No início, há um aquecimento.
Depois, um trecho conhecido como técnica. Nele, busca-se aperfeiçoar a
execução dos moviementos para que sempre sejam realizados com eficiência
e segurança. Aí começa o “verdadeiro” treino, conhecido
como workout of the day (WOD) – o treino do dia, em português. Nessa
parte, você faz séries de exercícios sem intervalo e em alta intensidade
num tempo curto (normalmente de 10 a 20 minutos). Há três tipos
básicos de WOD: no primeiro, você executa uma série no menor tempo
possível; no segundo, faz os movimentos o maior número de vezes que
conseguir num intervalo determinado; no último (apenas para praticantes
avançados), faz as séries aumentando o peso até a carga máxima que
suporta. Por último, rola um alongamento. Tudo isso
demora entre 45 minutos e uma hora.
Como são os exercícios?
Eles trabalham o corpo todo. Alguns exemplos são agachamentos,
burpees e saltos. O objetivo? Simular atividades do dia a dia e de
esportes para reeducar o aluno a se mover. “A maioria das pessoas
esquece a maneira certa de se movimentar. É comum uma criança se
agachar, por exemplo, ao brincar, mas com o tempo ela deixa de fazer
isso”, afirma Vivian Carvalho. A meta é corrigir esse processo e fazer
você usar sempre o corpo corretamente ao levantar peso, correr, se
pendurar… Como? “Os movimentos `globais do CrossFit têm alta demanda
neural – exigem mais do cérebro. Ao executá-los em alta velocidade, a
técnica correta é transferida para os movimentos que você faz no
cotidiano”, explica Fridman. E os objetos usados para isso vão além da
barra e das anilhas, talvez os mais convencionais do do método. Entre
eles, há pneus, barris, argolas, caixas e cordas. Vale lembrar: o
ginásio também é diferente das academias. Normalmente não há espelhos e
o espaço é aberto. Muitas vezes se parece com um galpão.
E os iniciantes?
Eles costumam começar em aulas testes. Depois, fazem sessões de
adaptação. Elas têm intensidade reduzida, normalmente com menor número
de exercícios ou carga. Na maioria das vezes, há um professor que
acompanha só você, como um personal trainer. Assim o aluno absorve a
dinâmica e a postura dos movimentos básicos, para depois entrar nos
treinos em grupo. Não curte malhar com mais gente? Apesar
de ser um ponto positivo do método, é possível
fazer aulas com personal sempre.
Qual a filosofia?
Treinar forte é o lema do CrossFit, mas o praticante dosa a
intensidade. Ensinar o aluno a não comprometer a integridade física é
parte do trabalho dos professores. Não dá para negar
que há um espírito de competição no método. Os instrutores garantem que
ele é saudável e que os treinos em grupo são estímulos. Num ginásio os
alunos se conhecem pelo nome e é criado um vínculo, em que um se importa
com o outro. A real disputa deve ser consigo mesmo.
O
resultado de cada um nos treinos é marcado numa lousa ou numa pasta.
Tornar isso um empurrão e não uma neurose é missão do praticante, em
conjunto com os professores. A maioria dos alunos não quer competir,
mas quando vê avanços se empolga em melhorar. Fazer
check-ups médicos regulares e ter suas deficiências em mente é bom para
não abusar, em especial se tiver problemas de saúde.
O que foi? Achava
que o método era só para quem tem vigor de atleta? Os professores
asseguram que não. Todo movimento do CrossFit é adaptável. Há alunos de
16 a 80 anos e outros com problemas nos joelhos, ombros e coluna, que
fazem os mesmos exercícios. Seja qual for sua condição,
o principal é atentar aos exercícios.
Fonte: Revista Men's Health
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